BEM VINDO AO MEU BLOG!!!

BEM VINDO AO MEU BLOG!!!
Nesse espaço expresso meus pensamentos e meditações em Deus meu Senhor e Salvador, que não poupou nem mesmo seu amado Filho, abrindo mão do que mais tinha de precioso, para salvar um tão podre e miserável pecador como eu e como todos aqueles que sincera e humildemente reconhecem que são incapazes de por si só ou por intermédio de qualquer outra forma alcançarem a justiça de Deus, que agora é revelada na pessoa de Seu Único Filho, JESUS O MESSIAS, à todos quantos crêem e guardam as Suas Palavras. Espero na Graça de Deus ter sempre algo para postar aqui, que a Maravilhosa e Consoladora Presença do Espírito Santo de Deus possa estar sempre contigo. Obrigado por sua visita. JESUS te ama!!!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

QUEM É JESUS?

Na sua opinião quem...
·         -  foi a personalidade mais notável de todos os tempos?
·        -  é maior mestre?
·        -  tem feito os maiores benefícios pela humanidade?
·        -  viveu a vida mais santa que alguém já viveu?

Você pode visitar qualquer parte do mundo hoje e falar com pessoas de qualquer religião - se elas conhecerem os fatos, também terão de reconhecer que jamais houve um homem como Jesus de Nazaré. Ele é a personalidade mais singular de todos os tempos.

Foi Ele quem mudou todo o rumo da história. Até os jornais testemunham que Jesus de Nazaré viveu na terra há quase dois mil anos atrás. A.C. significa, "antes de Cristo" e A.D. Ano Domini significa, "o ano de nosso Senhor".

SUA VINDA FOI PREDITA

Centenas de anos antes do nascimento de Jesus, foram registradas nas Escrituras as palavras dos profetas de Israel que anunciaram Sua vinda. O Antigo Testamento foi escrito por muitas pessoas durante um período de 1.500 anos, contendo mais de 300 profecias descrevendo a Sua chegada. Todos estes detalhes tornaram-se realidade, incluindo Seu nascimento miraculoso, Sua vida sem pecado, Seus muitos milagres, Sua morte e Sua ressurreição.

A vida que Jesus viveu, os milagres que Ele fez, as palavras que Ele falou, Sua morte na cruz, Sua ressurreição e Sua ascenção aos céus - todos estes fatos indicam que Ele não foi um simples homem, porém, mais do que homem. Ele mesmo afirmou: "Eu e o Pai somos um" (João 10.30), "Quem me vê, vê ao Pai" (João 14.9), e "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; Ninguém vem ao Pai, senão por mim." (João 14.6).

SUA VIDA E MENSAGEM
CAUSAM MUDANÇAS

Veja a vida e a influência de Jesus de Nazaré, o Cristo, através da história e você verá que Ele e a Sua mensagem sempre têm produzido grandes mudanças na vida de homens e nações. Por toda parte onde os Seus ensinamentos e influência têm chegado, os direitos e a opinião das mulheres na sociedade foram reconhecidos; escolas e universidades de ensino superior foram estabelecidas; leis para proteger crianças foram feitas; a escravidão foi abolida; e uma multidão de outras mudanças foram feitas para o bem da humanidade. Indivíduos também são transformados drasticamente.

"Aquele que introduz nos negócios públicos o princípio do cristianismo primitivo mudará a face do mundo". Benjamin Franklin, século XVIII, norte-americano inventor e político.

Por exemplo, Lew Wallace, um famoso general e gênio literário, era um ateu conhecido. Por dois anos o Wallace pesquisou nas principais bibliotecas da Europa e América procurando informações que destruíssem para sempre o cristianismo. Enquanto escrevia o segundo capítulo de um livro que pretendia publicar, repentinamente se viu de joelhos, chorando e clamando por Jesus e dizendo: "Meu Senhor e meu Deus!" Por causa da evidência esmagadoramente conclusiva, ele não podia mais negar que Jesus Cristo era o Filho de Deus. Mais tarde, Lew Wallace escreveu "Ben Hur", considerado um dos maiores romances que já se escreveu sobre os dias de Cristo.

SENHOR, MENTIROSO
OU LUNÁTICO?

Outro cético foi o falecido C.S. Lewis, professor da Universidade de Oxford, Inglaterra, foi por muitos anos um agnóstico e negava a divindade de Cristo. Mas ele também, dentro de uma honestidade intelectual submeteu-se a Jesus como seu Deus e Salvador depois de estudar as evidências esmagadoras da sua divindade. No seu famoso livro "Cristianismo Autêntico", Lewis fez a seguinte declaração: "Um homem que fosse simplesmente um homem, e dissesse as coisas que Jesus Cristo disse, não teria sido um grande professor de moral. Seria um lunático ou então o próprio diabo do inferno. Você precisa escolher... ou ele foi e é o Filho de Deus, ou um louco ou coisa pior. Você pode considerá-Lo um tolo ou então cair aos Seus pés e chamá-lo de Senhor e Deus. Não venha, porém, com essa história que Ele foi um grande mestre de moral. Ele não nos deixou essa alternativa".
Quem é Jesus de Nazaré para você? Sua vida aqui na terra e por toda eternidade será determinada pela resposta que voca esta pergunta.
A maior parte das religiões foi fundada por homens e estão baseadas em filosofias, regras e normas de condutas feitas por homens. Tirem os fundadores destas religiões de suas disciplinas e práticas de adoração e pouco será mudado. Mas tire Jesus Cristo do cristianismo e não teremos nada. O cristianismo bíblico não é apenas uma filosofia de vida, nem um padrão ético ou obediência a um ritual religioso. O verdadeiro cristianismo está baseado numa relação vital e pessoal com um Salvador ressuscitado e vivo.
"Se alguma vez o Divino apareceu na terra, foi na pessoa de Cristo." Johan Wolfang von Goethe, escrito pelo dramaturgo alemão nos últimos anos de sua vida.
"Honestamente não sei o que será da civilização e da sua história se a influência acumulada de Cristo, tanto direta como indireta, for erradicada da literatura, da arte, das transações comerciais e dos padrões morais e criativos nas diferentes atividades da mente e do espírito". Dr. Charles Malik (libanês), ex-presidente da Assembléia Geral das Nações Unidas.

UM FUNDADOR RESSUSCITADO

Jesus de Nazaré foi crucificado numa cruz, sepultado num túmulo emprestado e três dias depois ressuscitou dos mortos; neste aspecto o cristianismo é singular. Qualquer argumento para validar o cristianismo depende da prova da ressurreição de Jesus de Nazaré.

Através dos séculos, a maioria dos grandes eruditos que tem considerado as provas da ressurreição tem acreditado e ainda acreditam que Jesus está vivo. Depois de ter examinado as evidências da ressurreição dadas pelos escritores dos evangelhos, o falecido Simon Greenleaf, uma autoridade em assuntos legais na Faculdade de Direito de Harvard, concluiu: "Portanto é impossível que eles pudessem ter persistido na afirmação da verdade que narravam, se Jesus não tivesse mesmo ressuscitado dentre os mortos, e se não soubessem deste fato com a mesma certeza que tinham em relação a qualquer outro fato".

John Singleton Copley, reconhecido como uma das maiores mentes jurídicas da História Britânica, comentou: "Eu sei muito bem o que são provas e digo a vocês que provas como as da ressurreição nunca falharão".

"Acredito que não exista nada mais belo, mais profundo, mais compreensivo, mais racional, mais franco e perfeito do que o Salvador; digo a mim mesmo com um amor zeloso que não só não existe ninguém como Ele, como não poderia existir nenhum outro". Fyodor Dostoevsky, escrito numa carta pessoal pelo escritor russo enquanto estava na prisão.

RAZÕES PARA CRER

A ressurreição é essencial para a fé de um cristão. Existem várias razões que levam aqueles que estudam a ressurreição a crerem que ela é verdadeira:
PREDITA: Primeiro, Jesus predisse sua morte e ressurreição, e elas aconteceram exatamente como e Ele previu
(
Lucas 18:31-33).

O TÚMULO VAZIO: Segundo, a ressurreição é a única explicação plausível para seu túmulo vazio. Uma leitura cuidadosa da história bíblica mostra que o túmulo aonde eles colocaram o corpo de Jesus estava rigorosamente guardado por soldados romanos e selado com uma enorme rocha. Se, como alguns já disseram, Jesus não estivesse morto, mas, somente desmaiado, os guardas e a pedra teriam impedido a sua fuga, ou qualquer tentativa de resgate por parte dos seus seguidores. Os inimigos de Jesus não teriam tirado o corpo do túmulo, já que o desaparecimento do corpo só ajudaria a encorajar a crença na sua ressurreição.

ENCONTRO PESSOAL: Terceiro, a ressurreição é a única explicação para as aparições de Jesus Cristo aos Seus discípulos. Após a Sua ressurreição, Jesus apareceu pelo menos 10 vezes àqueles que O haviam conhecido e para outras 500 pessoas de uma só vez. O Senhor provou que estas aparições não eram alucinações: Ele comeu e falou com eles e eles O tocaram (
1 João 1:1).

"De todos os sistemas de moralidade, antigo e moderno, o qual tenho tido possibilidade de observar, nenhum me parece tão puro quanto o de Jesus".
Thomas Jefferson, terceiro presidente dos Estados Unidos da América.
O NASCIMENTO DA IGREJA: Quarto, a ressurreição é a única explicação razoável para o início da Igreja Cristã. A Igreja Cristã é de longe a maior instituição que existe ou tem existido na história do mundo. Mais da metade do primeiro sermão pregado tinha a ver com a ressurreição (Atos 2:14-36). Obviamente, a igreja primitiva sabia que esta era a base de sua mensagem. Os inimigos de Jesus e Seus seguidores poderiam tê-lo impedido a qualquer tempo, simplesmente apresentando o corpo de Jesus.

VIDAS TRANSFORMADAS: Quinto, a ressurreição é a única explicação lógica para as vidas transformadas dos discípulos. Eles O abandonaram antes da Sua ressurreição; depois da Sua morte estavam desencorajados e cheios de medo. Eles não contavam com a ressurreição de Jesus (
Lucas 24:1-11).

No entanto, após a Sua ressurreição e a experiência deles no Pentecostes, estes mesmos antes desencorajados e desapontados, foram transformados pelo grandioso poder do Cristo ressuscitado. Em Seu nome, eles viraram o mundo de pernas para o ar. Muitos perderam as suas vidas por sua fé; outros foram terrivelmente perseguidos. Sua atitude corajosa não tem sentido à parte de suas convicções de que Jesus Cristo tinha verdadeiramente ressuscitado dos mortos, um fato pelo qual valia a pena morrer.

Em 40 anos de trabalho com intelectuais do mundo universitário, ainda não encontrei uma pessoa que honestamente já tenha considerado as evidências esmagadoras que provam a divindade e ressurreição de Jesus de Nazaré, que não admita que Ele é o Filho de Deus, o Messias prometido. Enquanto alguns não acreditam, eles pelo menos são honestos ao confessarem: "Não me preocupei em ler a Bíblia ou considerar os fatos históricos a respeito de Jesus".

"Quando eu li minha Bíblia reconheci que o que ela diz é que Jesus é o único caminho para Deus...
Por isso acredito que no momento em que usei o meu conhecimento sobre Jesus e o tornei pessoal entregando-me a Ele, isso me abriu a porta para a vida". Cliff Richard.
UM SENHOR VIVO: Por causa da ressurreição de Jesus, Seus verdadeiros seguidores não estão meramente seguindo um código de ética de um fundador morto, mas, pelo contrário, possuem uma relação vital e pessoal com o Senhor vivo. Jesus Cristo está vivo e abençoa e enriquece fielmente as vidas de todos os que nEle confiam e obedecem. Através dos séculos, multidões tem reconhecido a excelência de Jesus Cristo, incluindo muitos que têm influenciado grandemente o mundo.

O físico e filósofo francês Blaise Pascal, falou da necessidade que o homem tem de Jesus, quando disse: "Existe no coração do homem um vazio do tamanho de Deus, o qual, somente Jesus Cristo pode preencher".


Você gostaria de conhecer Jesus Cristo pessoalmente como Seu Salvador? Isto pode soar ousado, mas você pode! Jesus está tão desejoso para estabelecer um relacionamento pessoal e cheio de amor com você que Ele já fez todos os preparativos necessários, basta somente você crer e se entregar totalmente ao Senhor Jesus. Tome sua desisão agora e experimente uma nova vida, um novo nascimento.
Jesus te ama!

AS 4 LEIS ESPIRUTUAIS

PRIMEIRA LEI

Deus ama você e tem um plano maravilhoso para sua vida.

O AMOR DE DEUS"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3.16).


O PLANO DE DEUSCristo afirma: "...eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância" [Uma vida completa e com propósito] (João 10.10).


Por que a maioria das pessoas não está experimentando essa "vida em abundância"?
Porque...

SEGUNDA LEI

O homem é pecador e está separado de Deus; por isso não pode conhecer nem experimentar o amor e o plano de Deus para sua vida.

O HOMEM É PECADOR
"Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Romanos 3.23).
O homem foi criado para ter um relacionamento perfeito com Deus, mas por causa de sua desobediência e rebeldia, escolheu seguir seu próprio caminho e seu relacionamento com Deus se desfez. Esse estado de independência de Deus, caracterizado por uma atitude de rebelião ou indiferença, é evidência do que a Bíblia chama de pecado.

O HOMEM ESTÁ SEPARADO
"Porque o salário do pecado é a morte..." [separação espiritual de Deus] (Romanos 6.23).
Deus é santo e o homem é pecador. Um grande abismo separa os dois. O homem está continuamente procurando alcançar a Deus e a vida abundante, através de seus próprios esforços: vida reta, boas obras, religião, filosofias, etc...

A Terceira Lei nos mostra a única resposta para o problema dessa separação...

TERCEIRA LEI

Jesus Cristo é a única solução de Deus para o homem pecador. Por meio dele você pode conhecer e experimentar o amor e o plano de Deus para sua vida.

ELE MORREU EM NOSSO LUGAR
"Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores" (Romanos 5.8).


ELE RESSUSCITOU DENTRE OS MORTOS
"...Cristo morreu pelos nossos pecados... foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e apareceu a Pedro e depois aos Doze. Depois disso apareceu a mais de quinhentos.." (1 Coríntios 15.3-6).

ELE É O ÚNICO CAMINHO
"Respondeu Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim" (João 14.6).
Deus tomou a iniciativa de ligar o abismo que nos separa dele ao enviar seu Filho, Jesus Cristo, para morrer na cruz em nosso lugar, pagando o preço de nossos pecados.

Mas não é suficiente conhecer essas três leis...

QUARTA LEI

Precisamos receber a Jesus Cristo como Salvador e Senhor, por meio de um convite pessoal. Só então podere- mos conhecer e experimentar o amor e o plano de Deus para nossa vida.

PRECISAMOS RECEBER A CRISTO
"Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus" (João 1.12).

RECEBEMOS A CRISTO PELA FÉ
"Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie" (Efésios 2:8-9).

RECEBEMOS A CRISTO POR MEIO DE UM CONVITE PESSOAL
Cristo afirma: "Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei..." (Apocalipse 3.20).

Receber a Cristo implica arrependimento, significa deixar de confiar em nossa capacidade para nos salvar, crendo que Cristo é o único que pode perdoar nossos pecados. Apenas saber que Jesus Cristo é o Filho de Deus e que morreu na cruz pelos nossos pecados, não é suficiente. É necessário receber a Cristo pela fé, por meio de uma decisão pessoal.

Há dois círculos representando dois tipos de vida:
·         A vida controlada pelo "EU". O "EU" no centro da vida. Cristo fora da vida. Interesses controlados pelo "EU", geralmente, causando discórdias e frustrações.
·         A vida controlada por Cristo. CRISTO no centro da vida. O"EU"  fora do centro. Interesses controlados por Cristo, resultando em harmonia com o plano de Deus.
Qual dos dois círculos representa melhor sua vida?
Qual deles você gostaria que representasse sua vida?
Gostaria de explicar como você pode receber a Cristo.

VOCÊ PODE RECEBER A CRISTO AGORA MESMO EM ORAÇÃO
(Orar é falar com Deus)

Deus conhece seu coração e está mais interessado na atitude de seu coração do que em suas palavras. A oração seguinte serve como exemplo:

"Jesus, eu preciso do Senhor. Abro a porta da minha vida e O recebo como meu Salvador e Senhor. Obrigado por ter morrido na cruz para perdoar meus pecados, por me dar a vida eterna, e por me aceitar como eu sou. Toma conta da minha vida e faça de mim a pessoa que deseja que eu seja. Amém".
Você gostaria de receber Cristo agora?
Se for assim, faça essa oração e Cristo entrará em sua vida, como prometeu.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

SEJA LUZ.

"Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito." (Provérbios 4.18)
Observei o poder da luz por ocasião de uma visita aos EUA. As luminárias públicas, na época, iam aumentando a intensidade da luz conforme a escuridão ia chegando. O processo era automático. Enquanto o sol ainda não se punha, elas quase não brilhavam. Mas quando a escuridão aumentava mais e mais sobre a cidade, a luz ficava cada vez mais forte. Nisso, veio-me em mente a nossa situação nestes tempos do fim que ficam cada vez mais escuros. Nossa vocação é ser...”a luz do mundo". Luz é poder. Se em seu coração realmente foi acesa a "luz clara do Evangelho", então justamente quando a escuridão da noite cair sobre nós, a luz brilhará com maior intensidade. Na história da Igreja, na época em que igreja e estado eram interligados, isso foi sumamente perigoso para os filhos de Deus. A igreja era uma luz artificial que iluminava os pagãos. Os homens foram cristianizados, mas não evangelizados. Porém, nós, como filhos de Deus, temos hoje em dia – mais do que qualquer outra geração da Igreja de Jesus –, a tarefa de fazer brilhar a nossa luz com intensidade cada vez maior, pois a escuridão aumenta cada vez mais.
Extraído do livro "Pérolas Diárias" (de Wim Malgo).

sábado, 12 de fevereiro de 2011

SAINDO DA BOLHA EVANGÉLICA

 

 
Atos 10: 1 a 8

1) Havia em Cesaréia um homem chamado Cornélio, centurião do regimento conhecido como Italiano. 

2) Ele e toda a sua família eram piedosos e tementes a Deus; dava muitas esmolas ao povo e orava continuamente a Deus. 

3) Certo dia, por volta das três horas da tarde, ele teve uma visão. Viu claramente um anjo de Deus que se aproximava dele e dizia: "Cornélio!"

4) Atemorizado, Cornélio olhou para ele e perguntou: "Que é, Senhor?"O anjo respondeu: "Suas orações e esmolas subiram como oferta memorial diante de Deus. 

5) Agora, mande alguns homens a Jope para trazerem um certo Simão, também conhecido como Pedro, 

6) que está hospedado na casa de Simão, o curtidor de couro, que fica perto do mar".

7) Depois que o anjo que lhe falou se foi, Cornélio chamou dois dos seus servos e um soldado piedoso dentre os seus auxiliares.

8) e, contando-lhes tudo o que tinha acontecido, enviou-os a Jope.

Achei interessante essa passagem, porque Cornélio não era "evangélico", mas Deus ouvia as orações dele. Isso nos diz muita coisa e nos faz pensar de uma forma mais ampla a respeito da fé. Deus é acima de religião e denominações. Basta ser temente. E assim também meu coração descansa no fato de que todos poderão ter a oportunidade de conhecê-Lo.

Não conheço muitos crentes aos quais tenha aparecido um anjo para falar diretamente da parte de Deus. Mas conheço muitos crentes que não são realmente tementes a Deus.
A experiência de Cornélio foi tremenda, pois o verso 4 diz que ele ficou atemorizado. Ou seja, ele não estava acostumado com esse tipo de experiência.

O coração de Deus ficou tocado pelo temor e piedade de Cornélio e sua família.
Te convido agora a ler a passagem completa (Atos 10 na integra), não vou colocar os versículos todos aqui por causa da extensão e também para que você possa abrir sua bíblia.

No verso 5 Deus mandou Cornélio procurar um pastor (Pedro). Eu creio que o próprio anjo poderia ter falado sobre o evangelho e exposto o plano de salvação, os anjos desejam fazer isso mas esse é privilegio da igreja apenas (1Pe 1:12). Essa é a nossa parte: pregar o evangelho do Reino e batizar as pessoas em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Pedro teve uma experiência sobrenatural, na visão com o lençol cheio de animais "impuros", e Deus foi quebrando nele toda resistência e religiosidade, fazendo-o entender que era necessário ir ter com os gentios. Versos 9 a 20.

O problema atual é semelhante ao que enfrentava Pedro. Hoje infelizmente os lideres das igrejas incentivam o povo a se isolar e não se misturar com os "gentios". Então deixamos nossas cidades sem cobertura nenhuma durante o carnaval (por exemplo) e nos retiramos a lugares distantes onde cantamos alegremente, jogamos futebol, comemos (muito), e temos ate algum estudo bíblico, enquanto o povo "lá fora" se perde e caminha direto pro inferno.

No meio desse povo existem muitos "Cornélios', tementes a Deus mas que não O conhecem. Porque nós, os "Pedros" estamos mais interessados em curtir nossa própria experiência pessoal e nos esquecemos de que há um povo perecendo e que precisa de nós.

Certa vez no Rio do Janeiro, durante um congresso, tivemos um dia de folga e decidimos ver um jogo de futebol. 

Como na casa onde estávamos hospedados a TV estava quebrada, saímos pelo bairro procurando um lugar para assistir o jogo. Encontramos um "boteco" que tinha uma TV enorme, e nele estavam 3 bêbados mais o dono do bar também embriagado. Como faltava uma meia hora ainda para o jogo, pedimos uns refrigerantes e sentamos numa mesa. 

Conversando e rindo chamamos a atenção de um dos homens que estavam bebendo e ele perguntou pro dono do bar: "O que eles estão bebendo?"
 "Refrigerante" respondeu o dono.

Então o homem disse: "Me dá um desses também, eu quero ficar como eles!"
Entendendo a oportunidade que se apresentava, chamei o homem para fazer parte da nossa conversa e comecei a falar do amor de Deus em voz alta, para que todos ouvissem. De repente todos eles estavam chorando e se rendendo a Deus. O dono do bar era um cristão desviado e começou a cantar corinhos; ele era temente a Deus mas não se achava digno de andar com Jesus. Resultado: esquecemos do jogo e virou uma festa naquele boteco.

Mas o incrível é que no outro dia ministrando no congresso, contamos a experiência do boteco, e o pastor ficou escandalizado e começou a falar para as ovelhas dele não fazer isso!
Por ai você vê a mentalidade da igreja, e por isso as outras religiões avançam mais.

Precisamos nos misturar e sermos benção no meio do povo.

Muitos Cornélios esperam por nós a fim de que lês apresentemos o Deus que eles temem mas não conhecem. Temos essas oportunidades diariamente nos ônibus, aviões, na fila do banco, no supermercado, no taxi. 

Não perca a oportunidade de apresentar Jesus às pessoas.


Paz para o seu coração
Jorge Russo (Jorjão)



quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

VINDE TODOS!

"Eis que já preparei o meu banquete... vinde para as bodas." (Mateus 22.4)
Quantas vezes este convite da Palavra de Deus soa em nosso ouvido: vinde! O Senhor diz a você: venha! Responder ao chamado de Deus é a coisa mais simples que existe. Você se atormenta e se aflige. Você cisma e medita, mas não consegue resolver um certo problema, porém o Senhor chama: "Venha! Você que está solitário, venha para as bodas do Cordeiro, pois tudo está preparado!" A comunhão com o Pai e com o Filho é uma realidade para aqueles que crêem. João escreveu em sua primeira carta: "Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo." Por isso venha! Especialmente você que está cansado e aflito, venha! E o que Jesus espera de você? Será que Ele fala de certos exercícios espirituais, da observância de dias de silêncio, de procurar coisas novas e melhores lugares para descanso? Não! O Senhor diz simples mas seriamente: "Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados..." E, ao convite, Ele acrescenta a promessa: "...e eu vos aliviarei." Tenho certeza de que Satanás quer levar você a uma vida tão agitada que você não consegue mais se aquietar e se aproximar de Jesus. Mas ouça o que Jesus diz: "Venha!" E todos que vêm a Jesus, Ele não os deixará. Com Jesus há muito perdão!
Extraído do livro "Pérolas Diárias" (de Wim Malgo)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A Bíblia diz: Quem ama é aquele que obedece aos meus mandamentos!

"Tudo o que falou o Senhor, faremos, e obedeceremos." (Êxodo 24.7)
O povo de Israel jurou junto ao monte Sinai que cumpriria tudo o que havia prometido ao Senhor, mas, logo depois, todo o povo se desviou de Deus. Deus leva a sério as nossas decisões, e ao nosso querer Ele acrescenta o realizar. Mas em nossa vida tudo continua sendo mera teoria – embora nos firmemos na Palavra de Deus –, se não tivermos uma vida de oração. Em outras palavras: a Palavra de Deus só produz seu efeito poderoso e permanente em nossa vida interior se respondermos ao falar de Deus. Através da Bíblia, Deus fala com você, através da oração você responde a Ele.
Neste instante, peço-lhe para se aquietar por um momento, respondendo as seguintes perguntas: em sua agitação e em meio à sua atividade espiritual você ainda ora? Durante quanto tempo você esteve diante da face do Senhor hoje? Você permaneceu diante da Sua face, ou depois de um rápido "devocional por obrigação" você voltou novamente à ordem do dia sem que a chama do primeiro amor fosse reacendida em seu coração? Meu desejo sincero é que você, depois de ter lido estas linhas, se humilhe diante de Deus e diga: "Nunca mais, Senhor, quero deixar de transformar em prática a minha entrega a Ti. Quero neste instante cumprir os votos e promessas que fiz a Ti!"
de Wim Malgo.

Desperta! O filme é inspirado em visões de uma esotérica

“Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos trouxe a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Isaías 53.4-5).


A controvérsia sobre o filme de Mel Gibson, “A Paixão de Cristo” (lançado à época da dita “semana santa”, em março de 2004), subestimou um fato essencial. Enquanto alguns cristãos ingênuos louvavam sua suposta “autenticidade bíblica” e outros criticavam sua “violência brutal” e seu “anti-semitismo”, a fonte principal que inspirou Mel Gibson a produzir essa película quase não recebeu atenção.
Vários ícones do cristianismo ignoraram ou desconheceram onde Mel Gibson foi pescar a maioria das informações para o seu filme e apoiaram cegamente essa película.
No início de dezembro de 2003, antes do filme chegar aos cinemas, o papa João Paulo II (1920-2005) assistiu-o em uma seção particular no Vaticano e, ao término da exibição, sentenciou: “O filme é como era”.(1)
O reverendo Billy Graham também teve sua exibição particular antes do filme chegar aos cinemas. Elogiou a película e isentou os judeus pela morte de Cristo: “Me senti como se estivesse lá. Me levou às lágrimas. Duvido se já houve uma apresentação mais tocante e gráfica da morte e ressurreição de Jesus, a qual os cristãos acreditam que seja o mais importante evento da história da humanidade [...] O filme é fiel aos ensinamentos bíblicos de que somos todos responsáveis pela morte de Jesus, porque todos pecamos. São os nossos pecados que causaram a Sua morte e não qualquer grupo em particular”.(2)
Outro ícone evangélico mundial, o reverendo Rick Warren, da Igreja Saddleback, em Lake Forest, na Califórnia, e autor do best-seller “Uma Vida Com Propósito”, foi um grande promotor do filme. Warren chegou a adquirir 18 mil ingressos do filme.(3)

No Brasil, não foram poucos os pastores que incentivaram os membros que pastoreiam a irem aos cinemas. Alguns compraram todos os ingressos de algumas seções para os membros da igreja. Até algumas revistas evangélicas se derramaram em elogios.
Bem, qual foi a principal fonte bibliográfica de Mel Gibson? O livro A Dolorosa Paixão do Nosso Senhor Jesus Cristo(4), publicado pela primeira vez em 1833.
Infelizmente, esse livro consiste de “visões” de uma freira alemã chamada Anna Katharina Emmerick (1774-1824).
Quem foi Anna Katharina Emmerick?
Citarei, a seguir, vários trechos do terceiro capítulo da Tese de Doutoramento do professor Orlando Fedeli, aprovada na Universidade de São Paulo em 1988, sobre os “Elementos Esotéricos e Cabalísticos nas Visões de Anna Katharina Emmerick”, publicada no site Montfort Associação Cultural.
Anna Katharina Emmerick era uma camponesa inculta e de poucas leituras. Muito do que sabemos sobre ela nos foi passado pelo poeta alemão Clemens Brentano, secretário e redator das “visões” dessa freira. Segundo Orlando Fedeli:
Emmerick nasceu em 8 de setembro de 1774, em Flamske, aldeia próxima a Coesfeld, na Westfália. [...] Foi batizada logo após o nascimento na paróquia de S. Tiago de Coesfeld. [...]
O padre Schmoeger conta que, segundo as Visões que Katharina Emmerick teve de si mesma, ela possuíra o uso da razão desde o nascimento [...].

Brentano afirma que, quando pequena, ela tinha visões de Jesus jovem e de João Batista menino, aos quais ela chamava de “Jungsten” e “Hanneschen”, sendo que o primeiro a ensinava a fazer vestidos para a sua boneca. Diz também que, quando menina, contava ao pai cenas bíblicas que assistia em visão e o pai, comovido, chorava, perguntando onde ela aprendera tais coisas [...].
Trabalhou no ofício de costureira até 1799 [...].
Os biógrafos costumam dizer que ela leu pouco. Brentano diz que ela nunca leu a Bíblia, o que é surpreendente, pois ela leu várias obras piedosas e místicas [...].(5)
Em seu livro A Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, Emmerick afirma que no dia 13 de novembro de 1803, com a idade de 29 anos, ela fez seus votos solenes e tornou-se esposa de Jesus Cristo no Convento de Agnetenberg em Dulmen.(6) Desde então passou a chamar Jesus Cristo de “meu Esposo Divino” ou “meu Esposo Celeste”.
A freira Anna Emmerick gostava de chupar os dedos do padre e de mamar nos seios de outra mulher
O professor Orlando Fedeli continua em sua Tese de Doutoramento:
O diário do médico de Katharina Emmerick, Dr. Franz Wilhem Wesener (1782-1832), é um documento de extraordinário valor para se elucidar a questão Emmerick, visto que ele é bem mais objetivo e sincero do que Brentano. Veja-se o que ele conta da primeira visita que fez a Katharina Emmerick:
“Depois que entrei em seu quarto, o ex-dominicano Pe. Limberg a (Katharina Emmerick) levantou da cama, e a colocou no colo de sua irmã. Ela permaneceu num estado de desfalecimento. Antes, trocaram-lhe a roupa a qual estava molhada de suor como se tivesse sido mergulhada na água. Do mesmo modo, estavam molhados os lençóis. Também os travesseiros, e o chão embaixo da cama estavam molhados”.
“Por ordem do Pe. Limberg eu toquei os ombros dela com minhas mãos. Ela estremeceu suavemente, e depois ficou novamente tranqüila. Então o Pe. Limberg a tocou com os dois dedos consagrados. Ela esboçou um sorriso, e seus ombros passaram a ter um movimento convulsivo”.
“Nós fizemos esta experiência, várias vezes, com o mesmo resultado. Ainda mais freqüentemente fizemos a seguinte experiência: o Pe. Limberg movimentava os dois dedos consagrados até cerca de duas polegadas dos lábios dela. Logo, o seu corpo rígido, como o ferro atraído por ímã, se curvava em direção aos dedos. E quando ela alcançava os dedos com os seus lábios, ela os beijava e chupava o dedo indicador. O Pe. Limberg animava-a insitentemente a morder um pedaço do dedo, mas ela dizia que não podia fazer isso, e como o Sr. Limberg lhe perguntasse por que ela chupava o dedo, dizia: ‘Porque ele é tão doce!’ Depois disso, por ordem do Pe. Limberg, eu colocava meu dedo na boca dela, mas ela permanecia em seu desfalecimento, e não se movimentava mais”.
“Tudo isso aconteceu estando ela rígida e desfalecida, com os olhos bem fechados”.
“No meio desse desfalecimento, o Pe. Limberg curvou sua cabeça bem devagar em direção a ela. Quando estava a cerca de três polegadas do seu rosto, o corpo, aparentemente morto, se ergueu para o crânio do Pe. Limberg, e ela encostou a boca na cabeça dele. Quando o Pe. Limberg a colocou de novo sobre o travesseiro, seu corpo todo estava duro como um pedaço de madeira, tanto que, se eu a segurasse pela cabeça, talvez pudesse endireitar todo o seu corpo. 0 Pe. Limberg fechou a cortina da cama, o francês Lambert colocou uma dupla coberta de lã, e então o Pe. Limberg se dirigiu ao meio do quarto, e fez uma cruz com a mão e disse bem baixinho: Abençoe-te Deus o Pai, o Filho e o Espirito Santo. Imediatamente, a mão mortalmente fraca se moveu lentamente sob o lençol, e fez o sinal da cruz”.
A cena é absolutamente estranha, e, a respeito desse caso, Erika Tunner afirma: “Os padres têm um poder absoluto sobre ela (Katharina Emmerick), sua devoção pelos dedos consagrados está no limite do patológico”.
Sem pretender dar uma opinião num campo que não é absolutamente o nosso, e no qual não temos nenhuma competência, é preciso, entretanto, frisar que a cena descrita pelo Dr. Wesener tem, mesmo para um leigo, forte conotação sexual.
Por outro lado, as ações do Pe. Limberg sobre a paciente e suas reações, se enquadram perfeitamente no que então praticavam os seguidores do magnetismo, o que prova que já antes do contato com o Dr. Wesener, o Pe. Limberg aplicava seus conhecimentos de magnetismo sobre Katharina Emmerick.
No diário do Dr. Wesener se verifica que era comum o Pe. Limberg curar as dores de cabeça, ou dores de dentes de Katharina Emmerick, dando-lhe os seus dedos consagrados a chupar. É claro que, cenas como essas, não podiam aparecer nas biografias “piedosas” de Katharina Emmerick, feitas por Brentano, ou pelo Pe. Schmoeger.
A vidente sentia, aliás, atração pelos dedos consagrados de qualquer sacerdote. Quando o cônego Bernhard Overberg, famoso pedagogo e reformador do clero da Westfália, foi visitá-la, em 1815, ao dar-lhe a mão, Katharina Emmerick segurou apenas o polegar e o indicador do padre dizendo: “São esses que me alimentam” [...].
Nós agora chegamos à idéia de alimentar a enferma com o leite de uma ama, e já que eu estava tratando do mamilo ferido de uma senhora, conhecida e parente do Pe. Limberg, senhora que havia dado à luz há seis semanas, eu a procurei para que, algumas vezes por dia, ela desse o peito à enferma, porque ela tinha leite em abundância, e o seu filho não podia se amamentar no peito ferido. A senhora compreendeu isso com alegria, e assim, no dia 18 de outubro, sábado, começamos com o leite da ama. A doente, devido à sua fraqueza não pôde mamar muito. Ela reteve o leite, queixando-se, contudo, à noite, de dor de barriga.
Em 9 de novembro, Wesener registra que Katharina Emmerick lhe contou que, quando ainda estava no convento, muito doente, teve uma visão de uma bela mocinha que lhe oferecia o seio regorgitante de leite. De início, a vidente sentira repugnância, mas, depois, aceitara tomar o peito. Na sexta-feira, 28/11/1817, o Dr. Wesener escreveu: “A doente na semana passada, esteve na maioria das vezes melhor. Ela toma o peito três vezes por dia”.
Ora, mesmo que a medicina romântica daqueles tempos recomendasse o leite humano a certos doentes, fica difícil imaginar que se recomendasse também, como necessário, que os pacientes tomassem o leite diretamente do peito da ama. Evidentemente, o Pe. Schmoeger, como também outros biógrafos piedosos de Katharina Emmerick, não dizem uma palavra a respeito desse estranho método terapêutico.
(Caso, um dia, Katharina Emmerick fosse canonizada, ficaria dificílimo explicar ao público, como seria possível considerar santa, praticante de virtudes heróicas, uma freira que se amamentava, várias vezes por dia, ao seio de uma mulher).(7)
Os estigmas de Anna Emmerick: as feridas da crucificação de Cristo
Os estigmas são as feridas sofridas por Jesus Cristo durante o processo da crucificação. Os católicos afirmam que a primeira pessoa a tê-las foi “São Francisco de Assis” (nasceu em 1181/1182 em Assis na Itália e morreu em 1226 na Itália). Entre “São Francisco de Assis” e Anna Katharina Emmerick, sabe-se que existiram pelo menos 50 pessoas com os supostos estigmas de Jesus Cristo.(8)
O já citado professor Orlando Fedeli, em sua Tese de Doutoramento sobre os “Elementos Esotéricos e Cabalísticos nas Visões de Anna Katharina Emmerick”, escreve acerca dos ferimentos imitando as chagas de Cristo que surgiram, sem causa aparente, no corpo de Emmerick:
Em 1802, Emmerick teria recebido misticamente a coroa de espinhos de Cristo, mas sem efusão de sangue, apenas com um inchaço na fronte, nas têmporas e até nas faces. Foi só mais tarde, quando já estava no convento, que sua testa começou a sangrar, em pequenos pontos.
[...] Katharina Emmerick pretendia servir a seu ex-capelão, que estava adoentado, mas depois caiu tão doente que foi ela quem teve que ser servida. Segundo seu depoimento no inquérito estatal, foi em 28/08/1812, festa de S. Agostinho, patrono de sua ordem, que ela recebeu um primeiro sinal místico: sobre seu estômago apareceu uma cruz sangrenta. Semanas depois teria aparecido uma segunda cruz, parecida com a cruz de Coesfeld, sobre o osso esterno, sangrando periodicamente. No dia de Santa Catarina (25/11/1812), uma outra cruz, semelhante à antecedente, apareceu sobre o osso esterno, acima daquela que já recebera, formando uma só marca. No natal de 1812, ela recebeu os estigmas de Cristo nas mãos e nos pés. E finalmente, a 29/12/1812, recebeu a chaga do peito de Cristo, no seu flanco.
[...] Essas chagas sangravam em certos dias da semana:
‘A dupla cruz sobre o esterno sangrava, a maior parte das vezes, às quartas-feiras. As chagas do flanco e da cabeça, apenas às sextas-feiras’.(9)
O autor Joe Nickell, conhecido por investigar fraudes, comenta  sobre a personalidade de Emmerick em seu artigo intitulado “Visões Por Trás da Paixão”:
Resumindo, Emmerick exibiu muitos dos traços indicativos de uma personalidade propensa à fantasia (Wilson e Barber 1983). Essa não é apenas o tipo de personalidade de numerosos visionários religiosos, mas também de incontáveis médiuns espirituais, abduzidos por alienígenas e outros fantasiadores. Eles acreditam tipicamente que possuem poderes especiais, freqüentemente incluem a habilidade de se comunicarem com entidades superiores – um tipo de versão adulta do companheiro imaginário da época de criança.
A mística Emmerick pode também ter sido uma fraudulenta piedosa. Ela montou um show como se fosse uma cristã, ao ponto de dormir em tábuas colocadas no chão em forma de uma cruz, e quando tinha vinte e quatro anos de idade reivindicou ter recebido a dor da coroa de espinhos de Jesus. Logo em seguida, havia sangue escorrendo pela sua face. Após ter sido recebida em um convento das agostinianas, supostamente recebeu ‘uma marca como uma cruz sobre seu peito’ e posteriormente até exibiu uma série completa dos estigmas (os ferimentos da crucificação de Cristo).
Ela foi o objeto de uma investigação médica durante 3 semanas, porém ‘essa investigação parece não ter produzido nenhum efeito específico’ (“Life” 1833). Nem a ciência e tampouco a Igreja Católica autenticaram um único estigma. Sem dúvida, muitos estigmas têm sido comprovadamente fraudulentos (Nickell 2000; Nickell 2004).
Em seguida, Emmerick reivindicou praticar a inédia, isto é, a alegação de ter a habilidade de abster-se de todos os alimentos, suspendendo todas as comidas e, algumas vezes, bebidas (Nickell 1993, 225-229). Emmerick supostamente sobreviveu apenas com vinho, e eventualmente “apenas pura água” (“Life” 1833). Ela nunca foi investigada apropriadamente, mas alguns inédicos que foram, acabaram expostos como fraudulentos.(10)
O papa beatificou Emmerick, que em breve será uma “santa” católica
A primeira tentativa de canonização de Emmerick foi no século XIX. Sobre esse assunto o professor Orlando Fedeli escreve:
O próprio processo de canonização da freira, introduzido em 1892-1894, se mostrou marcado pela mesma falta de objetividade e pela preocupação dos postuladores em salvar a qualquer custo a canonização dela.
O resultado foi a transformação do processo em uma verdadeira embrulhada (“un vero guazzabuglio”), na pitoresca expressão do voto I da “Relatio et vota Congressus Peculiaris 10/02/1981”, documento da “Sacra Congregationis Pro Causa Sanctorum” p. 1225. E “verdadeira embrulhada exatamente na reprodução daqueles documentos (das testemunhas) feita de modo cientificamente bárbaro, e com critérios que escapam a qualquer classificação, e que não é nem possível intuir qual seja, tanto eles são arbitrários e fora do mais elementar bom senso, de forma caótica”.
[...] O processo, entretanto, não foi adiante em virtude de veto do Santo Ofício em 30 de novembro de 1928, considerando impossível uma continuação, pois uma eventual canonização de Katharina Emmerick viria dar grande autoridade aos escritos que se lhe atribuiam.(11)
Em 1973, o papa Paulo VI suspendeu o veto de 1928 e o processo de canonização foi reaberto.
No entanto, foi o falecido papa João Paulo II, recordista em beatificações de fiéis católicos, que no domingo 3 de outubro de 2004, sem perder tempo e menos de sete meses após o lançamento do filme “A Paixão de Cristo” de Mel Gibson, honrou a mística freira alemã com o título de beata.
A beatificação é o último passo formal na Igreja Católica antes de conferir o título de santidade. Imagine? Anna Katharina Emmerick está a poucos centímetros de ser elevada aos altares das igrejas católicas como mais uma santa!
O Vaticano concluiu que a veracidade de suas visões contidas no livro do século XIX não podem ser confirmadas. Oficiais do Vaticano, que examinaram a vida de Emmerick, afirmam que a escolha da freira para a beatificação foi feita decorrente de “sua generosidade para com os pobres e sua extraordinária empatia com o sofrimento”.(12)
Durante a homilia, o papa João Paulo II sentenciou: “A abençoada Anna Katharina Emmerick viu o sofrimento amargo do nosso Senhor Jesus Cristo e experimentou isso no seu próprio corpo”.(13) Eita papa “infalível”!
As visões místicas da freira Emmerick foram incorporadas ao filme
Analisemos, pois, algumas das muitas visões de Emmerick que transformaram-se em trechos do filme “A Paixão de Cristo”:
a) Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que Jesus Cristo, no Getsêmani, deu sinal de frouxidão diante dos três apóstolos. No filme, os três apóstolos (Pedro, Tiago e João) estão com Jesus no Getsêmani e João ao ver o estado lastimável em que Jesus se encontrava, pergunta se deve chamar os outros oito apóstolos (Judas já não estava mais entre o grupo) e Jesus responde: “Não, João. Não quero que eles me vejam assim”. Onde Mel Gibson foi buscar essa informação? No livro da freira Emmerick, A Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, onde Jesus fala: “Não chama os oito; eu não os trouxe aqui, porque eles não podiam me ver agonizando sem que ficassem escandalizados; eles cairiam em tentação, esquecer-se-iam do passado e perderiam sua confiança em mim”. (página 66).
b) Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que Satanás, no Getsêmani, dialogou com Jesus Cristo. Onde Mel Gibson foi buscar essa informação? No livro da freira Emmerick, A Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo (pp. 63-76).

c) Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que Jesus Cristo, após ter sido preso no Getsêmani, foi amarrado, levado a cruzar uma ponte, acompanhado a cada passo com insultos, blasfêmias e golpes. Durante a travessia da ponte, cai em direção ao rio e fica pendurado pelas cordas e correntes. Mais uma vez, onde Mel Gibson foi buscar essa informação? No livro da freira Emmerick, A Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo (p 87).
d) Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que Judas, antes de suicidar-se, saiu correndo para fora da cidade acompanhado por demônios. Outra vez, onde Mel Gibson foi buscar essa informação? No livro da freira Emmerick, A Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo (p 96).
e) Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que o apóstolo Pedro, após ter negado Jesus três vezes, arrependido e aos prantos, encontra Maria na casa de Caifás, chama-a de “Mãe” e diz: “Não sou digno! Eu o neguei três vezes, Mãe!”, e sai correndo pelo pátio como se estivesse fora de si. De novo, onde Mel Gibson foi buscar essa informação? No livro da freira Emmerick, A Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo (pp. 112-113).

f) Em nenhum dos quatro evangelhos lemos uma descrição tão precisa de um tipo diferente de açoite com lascas nas pontas para lacerar a pele. Lembram-se da cena? Enquanto dois executores açoitam Jesus com a maior fúria possível, eles testam primeiro encima da mesa e depois nas costas de Jesus, esse açoite que tem na ponta um instrumento como se fossem uns tipos de dedos em garra que arrancam pequenas partes da pele, expondo a musculatura, como se fossem pequenas mordidas. Novamente, onde Mel Gibson foi buscar essa informação? No livro da freira Emmerick, A Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo (p. 146).
g) Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que após Jesus ter sido impiedosamente espancado pelos soldados romanos, Cláudia Procles, a suposta esposa de Pilatos, entrega a Maria, mãe de Jesus, uns pedaços de linho. Lembram-se da cena? Em seguida, Maria mãe de Jesus e Maria Madalena ajoelham-se no chão perto da coluna onde Jesus foi açoitado e limpam o sangue derramado por Jesus com o linho que receberam de Cláudia Procles. Para não perder o costume, onde Mel Gibson foi buscar essa informação? No livro da freira Emmerick, A Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo (p.148).
h) Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que durante o sofrido caminho para o Calvário, Verônica enxuga com um véu a face de Cristo e a face fica marcada como um retrato no véu. Na verdade, isso é uma antiga tradição católica que já tinha sido incorporada como a sexta das 14 estações da “Via Crucis” pelos papas Clementes XII, em 1731, e Bento XIV, em 1742 (portanto, antes da freira Anna Emmerick nascer). Sim, essa cena também está descrita no livro da freira Emmerick, A Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo (pp.172-174).
i)     Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que após a primeira mão (“mão esquerda”) de Jesus ter sido pregada com o prego na cruz, os romanos observaram que a sua outra mão não alcançava o buraco que haviam produzido para receber o prego e prontamente puxaram violentamente o seu braço direito até que o mesmo alcançasse o local onde estava o orifício na madeira. Adivinhe onde Mel Gibson foi buscar essa informação? No livro da freira Emmerick, A Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo (p.181, com uma diferença apenas, no livro a primeira mão a ser pregada foi a direita e depois a esquerda).
Bem, poderia continuar citando outras cenas do filme de Mel Gibson que foram inspiradas nas visões esotéricas da freira alemã, no entanto, acho que já ilustrei o suficiente para provar que quando Gibson afirmou que tinha se inspirado nesse livro, era porque verdadeiramente manteve relações estreitas com essa literatura.
O filme contém muitas cenas inexatas, um bocado adicionadas sem o apoio das Escrituras e muitas outras que são abertamente contrárias à Palavra de Deus. Apenas um exemplo: na Paixão de Mel Gibson, enquanto Jesus encontrava-se no Getsêmani, uma cobra desliza por baixo do manto de Satanás e chega até Jesus que a mata com Seu calcanhar. De fato isso é uma referência à profecia de Gênesis 3.15, mas a Bíblia não menciona que isso ocorreu no Getsêmani. Indubitavelmente, Jesus destruiu o diabo na cruz (na Sua morte) e não no Getsêmani (Hebreus 2.14). Sem dúvida, Mel Gibson inventou muita coisa, além de beber profundamente no poço místico de Emmerick.
O tema do filme: Jesus é o nosso salvador e Maria a nossa força!
Esse é um dos filmes mais marianos que já assisti. Voltemos a analisar apenas algumas cenas de “A Paixão de Cristo”:
a) Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que enquanto Jesus angustiava-se no Getsêmani, Maria, em sua residência, podia sentir o Seu tormento.
b) Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que João e Pedro chamavam Maria de “Mãe”.

c) Já citei anteriormente que Pedro, após ter negado a Jesus três vezes, foi pedir perdão a “Mãe” Maria.
d) Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que somente Jesus e Maria tinham capacidade de visualizar Satanás que estava presente durante todo o processo da crucificação.
e) Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que Jesus, enquanto é barbaramente açoitado na região ventral e dorsal pelos romanos, cai ao chão exausto e olha para Maria no meio da multidão. Na seqüência, Jesus, como se Maria estivesse passando para Ele uma força energética, consegue ainda ficar em pé. O guarda romano atônito, exclama: “impossível!”. A mensagem nas entrelinhas foi passada: Maria é a nossa força!

f) Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que Jesus ficou preso em um compartimento numa prisão subterrânea e nem que Maria tinha poderes sobrenaturais. Lembram-se da cena? Maria se dirige a um local específico do prédio e se deita no chão com a cabeça encostada no chão, porque sentiu que era exatamente naquele ponto no andar inferior que Jesus estava preso. Então, a câmara passa por dentro do chão e mostra Jesus pendurado pelas argolas e olhando para cima em direção ao teto, exatamente em direção a Maria. A mensagem nas entrelinhas foi passada: Maria tem poderes paranormais!
g) Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que Jesus, enquanto caminhava em direção ao Calvário e foi lhe dada a cruz para carregar, orou a Deus Pai, assim: “Sou teu servo, Pai. Teu servo, filho da tua serva”. A mensagem nas entrelinhas mais uma vez é passada: Jesus honra a Sua mãe Maria!

h) Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que Jesus, enquanto tombou no chão carregando a cruz, Maria saiu correndo ao Seu encontro, abraçou-O e disse: “Estou aqui” (enquanto isso temos um flashback de uma cena de quando Jesus era criança e caiu ao chão e Maria correu em Sua direção para socorrê-lO e abraçando-O, disse: “Estou aqui”). Na seqüência, Jesus responde: “Vê, mãe, eu renovo todas as coisas”, e consegue buscar forças em Maria para continuar carregando a cruz. Mais uma vez a mensagem nas entrelinhas é: Maria é o socorro bem presente em toda a vida de Jesus!
i) Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que, enquanto Jesus estava sendo crucificado, Maria beijou Seus pés ensangüentados e disse ao moribundo Jesus: “Carne da minha carne, coração do meu coração. Meu filho, deixa-me morrer contigo”. Novamente, a mensagem nas entrelinhas é: Maria está disposta a ser crucificada com Jesus.
Poderia citar mais algumas cenas cujas ênfases foram marianas, porém, acredito que basta de mariolatria.
Um filme anti-semita, sim senhor!
Temos, porém, de ser honestos na nossa análise e devemos reconhecer que os líderes judeus do Sinédrio, na casa de Caifás, verdadeiramente agrediram o Senhor Jesus: “Responderam eles: É réu de morte. Então, uns cuspiram-lhe no rosto e lhe davam muros, e outros o esbofeteavam, dizendo: Profetiza-nos, ó Cristo, quem é que te bateu!” (Mateus 26.66-68). Bem, mas o que lemos no livro de Emmerick e assistimos no filme de Mel Gibson foi um anti-semitismo aberto e descarado.
Antes de analisarmos algumas cenas anti-semitas, é mister pontuarmos que os escritos da freira Anna Katharina Emmerick são bastante antiisraelitas. Emmerick jorra dos seus escritos profundo ódio pelo povo de Israel: “a fúria dos inimigos de Jesus”; o sentimento do povo era de “ódio e fúria” contra Jesus; Jesus “foi levado à Corte de Caifás, entre vaias, gritos e golpes profusos aplicados pela multidão enfurecida”; “os malvados Judeus”; “Os inimigos maliciosos de nosso Senhor”; “os cruéis Judeus” (pp.80, 94, 99, 113 e 163), entre outros adjetivos depreciativos para com o povo judeu.
Só para não deixar nenhum resquício de dúvida, como essa autora tinha um sentimento amargo para com o povo judeu, leia a próxima frase: “uma multidão de infames – a escória de gente – rodeou Jesus como um enxame de vespas enfurecidas e começaram a inundá-lo de todo insulto imaginável” (p.107).
Analisemos agora apenas duas cenas do filme “A Paixão de Cristo” que apelaram para odiarmos os judeus:
a)    Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que a multidão tentava linchar Jesus quando o mesmo passava pelas ruas e que algumas vezes os furiosos soldados romanos tinham de conter os atos violentos dos judeus. Apesar de, na película cinematográfica, Jesus ter levado a cruz em boa parte do percurso para o Calvário acompanhado de insultos e golpes extremamente violentos proferidos pelos soldados romanos e pela multidão dos judeus, não é isso que a Bíblia relata. Muito pelo contrário, a Escritura diz: “Seguia-o numerosa multidão de povo, e também mulheres que batiam no peito e o lamentavam. Porém Jesus, voltando-se para elas, disse: Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; chorai, antes, por vós mesmas e por vossos filhos!” (Lucas 23.27-28). A Bíblia não relata nenhum motim enquanto Jesus caminhava para o Calvário e muito menos se sofreu qualquer outra agressão física durante o trajeto. Aparentemente, apesar de ter sido surrado no pretório, podia facilmente falar com as pessoas ao Seu redor.

b)    Em nenhum dos quatro evangelhos lemos que Jesus levou a sua cruz por boa parte do caminho. O texto bíblico relata que, logo após sair do pretório, quem passou a carregar a cruz foi Simão, um cireneu. Se Jesus chegou a carregar a cruz em algum momento, foi apenas durante alguns passos iniciais. “Ao saírem, encontraram um cireneu, chamado Simão, a quem obrigaram a carregar-lhe a cruz” (Mateus 27.32). Na película, Simão passou a carregar a cruz juntamente com Jesus. É claro que isso não é verdade. O texto bíblico nos ensina que Jesus andou na frente e Simão, que ia logo atrás dEle, carregava a cruz sozinho (Lucas 23.26). Na seqüência cinematográfica, Jesus, fisicamente exausto, cai no chão e então presenciamos talvez o mais forte ato anti-semita do filme “A Paixão de Cristo”: alguns judeus chutam Jesus, algumas mulheres judias sentem pena dEle, os brutamontes soldados romanos tentam afastar a multidão e um deles comenta: “Povo impossível!”. Na seqüência, Simão protesta que não vai mais carregar a cruz se não pararem de torturar Jesus. Então, um soldado romano grita para Simão: “Vamos, judeu!”, e as chibatadas continuam. Entenderam a mensagem nas entrelinhas? O povo judeu é impossível e só atende através de chibatadas.
A propósito, a Bíblia não menciona que Jesus foi espancado no Getsêmani e nem durante qualquer trajeto que realizou. O trajeto de Jesus foi o seguinte: Getsêmani – Casa de Caifás – Pilatos, na Fortaleza Antônia – Palácio de Herodes – Pilatos, na Fortaleza Antônia – Calvário. Na “Paixão de Cristo” de Mel Gibson, Jesus levou bofetadas, chicotadas, cuspidas, solavancos e pontapés durante todo esse percurso. A Bíblia não menciona que Jesus tenha caído uma só vez no trajeto para o Calvário, já na Paixão de Mel Gibson, Jesus caiu seis vezes.
A quem interessa tamanha violência? A dois grupos de pessoas: primeiro, aos sensacionalistas que querem mostrar o tanto que Jesus sofreu. Segundo, aos que acreditam em penitência como uma forma de pagamento de seus próprios pecados ou como forma de pagar por uma graça alcançada.
Uma pergunta bobinha, mas que não quer se calar
“Quem matou Jesus?”, foi a pergunta feita repetitivamente durante a exibição de “A Paixão de Cristo” nos cinemas. Essa é uma pergunta que pode ser respondida de forma histórica ou espiritual e a resposta é sempre a mesma:
a) Historicamente, quem matou Jesus? Resposta: Os judeus tanto quanto os gentios. A Bíblia de Estudo de Genebra responde: “Os crentes entenderam corretamente que tanto judeus, como gentios eram responsáveis pela crucificação de Jesus. Estes eram Herodes Antipas, que era o filho de Herodes, o Grande, e tetrarca (isto é, autoridade subordinada aos romanos) da Galiléia e Peréia (Lucas 3.1; 23.6-7) e Pôncio Pilatos, que foi procurador romano (governador) [...] de 26 a 36 d.C. (Lucas 3.1; 23.1-24). Os principais sacerdotes e anciãos persuadiram o povo a rejeitar Jesus e pedir por Barrabás (Mateus 27.20-26)”.(14)
O apóstolo Pedro e a igreja oraram: “porque verdadeiramente se ajuntaram nesta cidade contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e gente de Israel” (Atos 4.27).
b) Espiritualmente, quem matou Jesus? Resposta: Os judeus tanto quanto os gentios. Na cruz, Jesus levou sobre si os pecados de todos (tanto os judeus como os gentios). Há inúmeros relatos bíblicos sobre a morte de Jesus na cruz, pois essa foi a razão principal de Sua vinda à Terra. Em pelo menos três vezes, Jesus sentenciou claramente aos Seus discípulos que seria morto (Marcos 8.31; 9.31; 10.33-34).
Jesus nasceu para morrer. Na cruz, Jesus se fez o maior dos criminosos, sem nunca ter pecado. Na cruz, Jesus levou sobre si todos os pecados dos judeus e dos gentios. “Que se conclui? Temos nós qualquer vantagem? Não, de forma nenhuma; pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado; como está escrito: Não há um justo, nem um sequer” (Romanos 3.9-10). “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). Jesus “foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação” (Romanos 4.25). “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5.8). “E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (2 Coríntios 5.15).
Irmãos, qualquer outra resposta a essa pergunta é puro bairrismo, racismo, facção e desconhecimento histórico e espiritual.
As doutrinas em que Mel Gibson acredita
Um trecho de um artigo intitulado “O Filme de Mel Gibson – A Paixão de Cristo”, publicado pela Way of Life Literature, do Serviço de Informação da Igreja Batista Fundamentalista dos EUA e Canadá, nos esclarece que esse é um filme católico romano:
Mel Gibson pertence a um grupo católico tradicional que realiza a missa em latim, priva de ingerir carnes nas sextas-feiras, foge do ecumenismo e pratica outras coisas que foram abolidas no Concílio Vaticano II durante a década de 60. Gibson construiu a sua própria capela, chamada Família Santa, próxima a sua casa na Califórnia. Durante a filmagem, Gibson freqüentou as missas católicas todas as manhãs com o desejo errado de “estar puro”.
O roteiro foi traduzido para o aramaico e o latim pelo padre jesuíta William Fulco.
Qual é o evangelho que Gibson está tentando pregar durante o filme? É o evangelho católico dos sacramentos. Quando perguntado por um entrevistador protestante se alguém pode ser salvo fora da igreja católica romana, Gibson respondeu: “Não há salvação para aqueles fora da igreja” (Peter Boyer, “The Jesus War”, The New Yorker, 15 de setembro de 2003). Esse era o ensinamento oficial de Roma antes do Vaticano II.

De acordo com o romanismo, Jesus Cristo morreu na cruz, adquiriu a redenção e então entregou essa redenção para a Igreja Católica distribuí-la como pedaços de alimentos para os homens via os sete sacramentos. O homem não pode receber a salvação eterna diretamente de Cristo pela fé; ele tem que aproximar-se de Cristo através da Igreja Católica, via batismo, confirmação, missa, confissão para um padre católico, etc. A Igreja Católica ensina que o sacrifício de Jesus na cruz não foi de uma vez por todas suficiente, mas tem de ser perpetuado na missa, a qual é chamada de um sacrifício sem sangue. Considere esta afirmação do Concílio do Vaticano II: “Portanto, a Missa, a Santa Ceia, é ao mesmo tempo e inseparavelmente: um sacrifício no qual o sacrifício da cruz é perpetuado... Pois nele, Cristo perpetua de uma maneira sem sangue o sacrifício oferecido na cruz, oferecendo a si mesmo ao Pai pela salvação do mundo através do ministério dos padres” (Documentos do Vaticano II, “The Constitution on the Sacred Liturgy, Instruction on the Worship of the Eucharistic Mystery”, Introdução, C 1,2 p.108).(15)
Mel Gibson finalmente saiu do armário do anti-semitismo
Enquanto a película estava em evidência, Mel Gibson foi acusado de ser anti-semita e jurou que não era, mas pisou na bola quando foi pego dirigindo em excesso de velocidade em julho de 2006. Leia trecho do seguinte artigo publicado na revista Veja:
Alcoólatra supostamente redimido há vinte anos, em julho o ator e diretor enfiou o pé na jaca, foi parado pela polícia por excesso de velocidade e, daí, saiu do armário do anti-semitismo. Olhando para um policial de sobrenome judaico, detonou: “Os judeus são culpados por todas as guerras do mundo”. No dia seguinte, contrito, pediu profusas desculpas, pôs a culpa no José (Cuervo, o da tequila) e internou-se numa clínica.(16)
Conclusão: Desperta pastor!
Muitos foram os pastores que se emocionaram e apoiaram a película de Mel Gibson, de forma parcial ou total. Alguns deles são meus amigos e até meus pacientes. Gostaria muito de fazer a cada um deles a seguinte pergunta: o que fariam comigo e o que diriam de mim se durante duas horas e quarenta minutos eu pregasse na igreja deles e ensinasse, durante esse período, cerca de 50 heresias? Posso até imaginar algumas respostas. Pois bem, por que não agiram assim em respeito ao filme “A Paixão de Cristo”?
Irmãos, apoiar esse filme não apenas foi fazer um gol contra, foi fazer parceria com o catolicismo, com Anna Katharina Emmerick, com a mariolatria e com Adolf Hitler. Irmãos, essa é uma heresia cinematográfica assim como foram “Jesus Cristo – Superstar” (1973), “A Última Tentação de Cristo” (1988) e como é “O Código Da Vinci” (2006). Oro ardentemente para que Deus nos livre de termos algum pastor se emocionando e apoiando “O Código Da Vinci”.
“Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda?” (1 Coríntios 5.6). “Um pouco de fermento leveda toda a massa” (Gálatas 5.9). “E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as” (Efésios 5.11). Que seja sempre assim, amém! (Dr. Samuel Fernandes Magalhães Costa - http://www.chamada.com.br)

Bibliografia:
(1) Artigo: “Papal Praise for ‘The Passion’. ‘It is as it was’, John Paul II Says”. Zenit News Agency – The World Seen From Rome. 18 de dezembro de 2003. Código: ZE03121827. http://www.zenit.org/english/visualizza.phtml?sid=46445.
(2) Artigo: “Mel Gibson grants Billy Graham advance look at ‘Passion”’. Florida Baptist Witness. http://www.floridabaptistwitness.com/1987.article.print.
(3) Artigo: “Mel Gibson’s Film ‘The Passion of Christ”’, by David Cloud. Way of Life Literature’s Fundamental Baptist Information Service. Port Huron, MI. Atualizado no dia 29 de março de 2005. http://www.wayoflife.org/fbns/melgibson-thepassionofthechrist/melgibsons-film.html.
(4) Emmerick, Anna Katharina, A Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Axcel Books do Brasil Editora Ltda. Rio de Janeiro, RJ. 2004.
(5) Tese de Doutoramento do professor Orlando Fedeli, aprovada na Universidade de São Paulo em 1988, sobre os “Elementos Esotéricos e Cabalísticos nas Visões de Anna Katharina Emmerick”, publicada no site Montfort Associação Cultural. http://www.montfort.org.br/cadernos/emmerick.html.
(6) Emmerick, Anna Katharina, A Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Página 07.
(7) Tese de Doutoramento do professor Orlando Fedeli, http://www.montfort.org.br/cadernos/emmerick.html.
(8) Emmerick, Anna Katharina, A Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Página 13.
(9) Tese de Doutoramento do professor Orlando Fedeli, http://www.montfort.org.br/cadernos/emmerick.html.
(10) Artigo: “Visions’ Behind The Passion”, by Joe Nickell. Skeptical Inquirer – The Magazine For Science And Reason. Amherst, NY, volume 28, número 03, maio/junho de 2004, página 11.
(11) Tese de Doutoramento do professor Orlando Fedeli, http://www.montfort.org.br/cadernos/emmerick.html.
(12) Artigo: “Pope’s Piks Stir Controversy”. CBS News. Cidade do Vaticano, 3 de outubro de 2004. http://www.cbsnews.com/stories/2004/08/14/world/printable636033.shtml.
(13) Id.
(14) A Bíblia de Estudo de Genebra. Editora Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, SP, 1999. Nota de rodapé de Atos 4.27, página 1278.
(15) Artigo: “Mel Gibson’s Film ‘The Passion of Christ”’, por David Cloud. http://www.wayoflife.org/fbns/melgibson-thepassionofthechrist/melgibsons-film.html.
(16) Artigo: “Diretor perde a direção”. Revista Veja. Editora Abril, São Paulo, SP, edição 1989 – ano 39, número 52, 30 de dezembro de 2006, página 103.